Um diálogo surreal entre pai e filha.
- Cacá, conta uma história pro papai e pra mamãe?
- Sim, vou contar a história da Cor Dourada. A Cor Dourada estava andando numa rua, era uma rua bem gorda...
- Essa rua era no deserto? (pergunta o papai)
- Não, papai, essa rua não era no deserto, ela era amarela.
- E lá tinha peixes?
- Não, papai, na rua gorda só tinha pavões. E a Cor Dourada estava com sono, então ela foi dormir na casinha dela. Ela tinha ido numa festa, e tinha comido muito, então tava barriguda.
- E lá nessa rua tinha calda de chocolate?
- Sim, papai, e eu adoro calda de chocolate!
- E calda de brócolis?
- Ui, eu não gosto de calda de brócolis, papai!
- E calda de cogumelo?
- Não existe calda de cogumelo, papai!
- E de dragão?
- Não, papai, isso não existe!
- E calda de monstro do deserto?
- Ai, papai, isso não existe!
- E calda de mocotó?
- De popotó?
- Não, de mocotó!
- Tototó?
Cacá e seus argumentos estapafúrdios.
- Papai eu quero colo.
- Colo, Cacá?
- Sim, papai, eu quero colo porque é de dia.
- ????
- Mamãe, coloca desenho porque vai fazer frio.
- ????
- Eu quero ir pra praia porque tá perto.
- ????
- Eu quero leite porque é domingo.
- ????
- Hoje eu não vou dormir porque o papai disse que é sábado.
- ????
- ????
- Hoje eu não vou dormir porque o papai disse que é sábado.
- ????
Cacá e suas pérolas/perguntas:
- Porquê não tem sinaleira azul?
- Porquê o nome do carro é carro?
- Onde mora o dodói?
- Pra onde vai o sol quando vem a lua? Eles não são amigos? Por isso não ficam juntos?
- Quem é a mamãe do sol?
- O que a gente vai fazer depois do banho? (Dormir, diz a mamãe). E depois de dormir? E depois de acordar? E depois de ir na escolinha? E depois de voltar? (E aí a mamãe interrompe antes de pirar!)
- O que a gente vai fazer depois do banho? (Dormir, diz a mamãe). E depois de dormir? E depois de acordar? E depois de ir na escolinha? E depois de voltar? (E aí a mamãe interrompe antes de pirar!)
Mamãe está almoçando e conversando com outras pessoas:
- Mamãe, para de conversar.
- O que foi, Cacá?
- Para de conversar e come, mamãe
- ???!!!
Caminhando de volta para casa, Cacá pede:
- Você pode segurar a minha Dolie?
- Porque, Cacá?
- Porque eu estou muito cansada, sou muito pequenininha e tenho muitas coisas.
Fazendo bolachinhas com a vovó e a tia Neca. De repente...
- Pronto, tô cansada. Agora eu vou comer.
Tia Ica está explicando algo para a Cacá. E ela:
- Tá bom, eu já entendi!
- Mamãe, para de conversar.
- O que foi, Cacá?
- Para de conversar e come, mamãe
- ???!!!
Caminhando de volta para casa, Cacá pede:
- Você pode segurar a minha Dolie?
- Porque, Cacá?
- Porque eu estou muito cansada, sou muito pequenininha e tenho muitas coisas.
Fazendo bolachinhas com a vovó e a tia Neca. De repente...
- Pronto, tô cansada. Agora eu vou comer.
Tia Ica está explicando algo para a Cacá. E ela:
- Tá bom, eu já entendi!
- Mamãe, você me conta uma história?
- Claro, Cacá, qual história tu queres?
- Eu quero a história da Dora, do Botas, do Raposo querido que foram caminhando numa estrada bem comprida e eles tavam indo no aniversário da Fefê, não da Laura, porque da Laura já foi. E eles encontraram um caminhão, e o caminhão tava com a roda presa. Mas ele não tava chorando, mamãe, ele só tava triste. E daí o Raposo querido e o Botas tiraram o caminhão do buraco. Era um caminhão de pirulitos, mamãe, não era caminhão de sorvete, o de sorvete já foi. E eu ganhei um pirulito. O Botas, a Dora e o Raposo querido também. Eu quero um pirulito de morango, a Dora de limão, o Botas quer de blueberry e o Raposo querido quer pirulito de melancia. Tá, mamãe? Agora conta a história.
- ...
- Claro, Cacá, qual história tu queres?
- Eu quero a história da Dora, do Botas, do Raposo querido que foram caminhando numa estrada bem comprida e eles tavam indo no aniversário da Fefê, não da Laura, porque da Laura já foi. E eles encontraram um caminhão, e o caminhão tava com a roda presa. Mas ele não tava chorando, mamãe, ele só tava triste. E daí o Raposo querido e o Botas tiraram o caminhão do buraco. Era um caminhão de pirulitos, mamãe, não era caminhão de sorvete, o de sorvete já foi. E eu ganhei um pirulito. O Botas, a Dora e o Raposo querido também. Eu quero um pirulito de morango, a Dora de limão, o Botas quer de blueberry e o Raposo querido quer pirulito de melancia. Tá, mamãe? Agora conta a história.
- ...
- Mamãe, tô com dor de barriga. Será que é um pum?
- Pode ser, Cacá. Logo passa.
- Tá bem, mamãe.
(Passam uns segundos e Cacá começa a contar uma história)
- Era uma vez dois pums. Eles foram para a praia. E vestiram maiôs...
- Cacá, os pums foram pra praia? Que história é essa?
- Ué, papai, claro. É a história dos pums que foram pra praia e encontraram tatuíras. Eles tinham que botar maiô, né? Eles tavam na praia!
- Pode ser, Cacá. Logo passa.
- Tá bem, mamãe.
(Passam uns segundos e Cacá começa a contar uma história)
- Era uma vez dois pums. Eles foram para a praia. E vestiram maiôs...
- Cacá, os pums foram pra praia? Que história é essa?
- Ué, papai, claro. É a história dos pums que foram pra praia e encontraram tatuíras. Eles tinham que botar maiô, né? Eles tavam na praia!
Tia Neca estava na casa da Cacá e se despediu para ir embora. Porém, ao invés de sair logo, ficou conversando com a mamãe. Até que...
- Tchau, tia Neca, vai embora.
- ...
- Vem Cacá, vamos colocar o casaquinho.
- Mamãe, não é casaquinho, é jaqueta. Ja-que-ta!
- Vamos dormir, Cacá?
- Não, mamãe, é muito cedo.
- Mas já está escuro, Cacá.
- O papai disse que hoje eu não preciso dormir.
(detalhe: o papai estava quieto no sofá...)
- Tchau, tia Neca, vai embora.
- ...
- Vem Cacá, vamos colocar o casaquinho.
- Mamãe, não é casaquinho, é jaqueta. Ja-que-ta!
- Vamos dormir, Cacá?
- Não, mamãe, é muito cedo.
- Mas já está escuro, Cacá.
- O papai disse que hoje eu não preciso dormir.
(detalhe: o papai estava quieto no sofá...)
Carolina tem uma almofada no formato de um cogumelo. Ela o chama de cogumelo, enquanto papai e mamãe dizem que é um champignon. E é aí que começa a discussão
- Olha, mamãe, meu 'cocoméio'.
- Que lindo o teu champignon!
- Não é 'xampinhom', mamãe, é 'cocoméio'
- Mas é um champignon, Cacá.
- Não!!! É co-co-mé-io!!! (Separando com muita ênfase as sílabas)
- Olha, mamãe, meu 'cocoméio'.
- Que lindo o teu champignon!
- Não é 'xampinhom', mamãe, é 'cocoméio'
- Mas é um champignon, Cacá.
- Não!!! É co-co-mé-io!!! (Separando com muita ênfase as sílabas)
A tia Neca havia trocado a fraldinha da Cacá há poucos minutos quando...
- Cacá, tu já fez xixi de novo?
- Não, tia Neca, foi chuva!
- Cacá, tu estás subindo na mesinha?
- Não, mamãe, eu tô dançando balé!
- ????!!!!!
A família
- Cacá, hoje a vovó e o vovô vêm aqui em casa.
- Quem mais?
- Vem também o primo Lucas, a tia Neca e a tia Ica
- ... e o tio Mois, e os dindos e os primos. Toda a família.
- Isso, Cacá, toda a família.
- Ah, e o troninho!
- Mas, Cacá, o troninho não é da família.
- É sim, mamãe, o troninho é da família!
- Cacá, tu já fez xixi de novo?
- Não, tia Neca, foi chuva!
- Cacá, tu estás subindo na mesinha?
- Não, mamãe, eu tô dançando balé!
- ????!!!!!
A família
- Cacá, hoje a vovó e o vovô vêm aqui em casa.
- Quem mais?
- Vem também o primo Lucas, a tia Neca e a tia Ica
- ... e o tio Mois, e os dindos e os primos. Toda a família.
- Isso, Cacá, toda a família.
- Ah, e o troninho!
- Mas, Cacá, o troninho não é da família.
- É sim, mamãe, o troninho é da família!
Na hora de dormir
- Cacá, vamos dormir. Dá um beijinho de boa noite no papai e vamos pra cama.
- Boa noite papai. Boa noite Doli (dando beijos), boa noite memé (dando beijos no bico, o memé).
- Mas, Carolina, pra que dar beijo no memé?
- Ah, mamãe, porque ele gosta.
- Olha, mamãe, um dodói. E esse aqui é a mamãe dele. É a mamãe-dodói.
(Passa uns minutos e Cacá pergunta:)
- Onde tá o papai?
- Está lá na sala.
- Não, mamãe, onde tá o papai-dodói???
- Mamãe, eu quero feijão e milho.
- Feijão e milho, Cacá? Mas que mistura estranha.
- Não é mistura, mamãe, é co-mi-da!
- Dodói, mamãe, dodóizinho!
- Onde a Cacá tem dodói?
- Aqui, mamãe, na boca, olha: tá saindo fumaça!
- Cacá, vamos dormir. Dá um beijinho de boa noite no papai e vamos pra cama.
- Boa noite papai. Boa noite Doli (dando beijos), boa noite memé (dando beijos no bico, o memé).
- Mas, Carolina, pra que dar beijo no memé?
- Ah, mamãe, porque ele gosta.
- Olha, mamãe, um dodói. E esse aqui é a mamãe dele. É a mamãe-dodói.
(Passa uns minutos e Cacá pergunta:)
- Onde tá o papai?
- Está lá na sala.
- Não, mamãe, onde tá o papai-dodói???
- Mamãe, eu quero feijão e milho.
- Feijão e milho, Cacá? Mas que mistura estranha.
- Não é mistura, mamãe, é co-mi-da!
- Dodói, mamãe, dodóizinho!
- Onde a Cacá tem dodói?
- Aqui, mamãe, na boca, olha: tá saindo fumaça!
O fofinho
Cacá ganhou a esponja do pó compacto da mamãe e a chamou de Fofinho:
- Olha, papai, o Fofinho!
- Que bonito o Fofinho, Cacá.
- Ele tem família.
- É mesmo, Cacá? Ele tem papai?
- Sim. É o papai Fofão, e ele tem a mamãe Fofão, o vovô Fofão, a vovó Fofão, a tia Neca Fofão, o tio Moisés Fofão...
- Olha, papai, um passarinho bem picuxuxinho. Ah, que amoooor, ele procura a mamãe dele.
- Mamãe, hoje eu não quero comer, nem dormir nem tomar banho, só brincar.
- Mas Cacá tu estás comendo uma bolacha.
- (olha a própria mão mas não se dá por vencida): Eu não vou dormir nem tomar banho, mamãe, só brincar.
Ao encontrar sua Doli, depois de longos 10 minutos separadas, um abraço apertado e a pérola:
- Ah, como eu amo minha Doli!!!
Após Cacá usar seu troninho, mamãe coloca o conteúdo no vaso do banheiro. E ela:
- Tchau, cocôs, podem ir pras suas casas, tchau! (abanando freneticamente para dentro do vaso sanitário)
No super
- Mamãe, que você tá fazendo?
- Procurando uma comida, Cacá.
- Tudo bem, pode procurar que eu espero.
- Achei!
- Achou, mamãe? Parabéns, você é simplesmente ótima!
- Eu fiz um xixi bem picuxuxinho.
- É mesmo, Cacá?
- Sim, agora ele procura a mamãe dele.
- Tchau, cocôs, podem ir pras suas casas, tchau! (abanando freneticamente para dentro do vaso sanitário)
No super
- Mamãe, que você tá fazendo?
- Procurando uma comida, Cacá.
- Tudo bem, pode procurar que eu espero.
- Achei!
- Achou, mamãe? Parabéns, você é simplesmente ótima!
- Eu fiz um xixi bem picuxuxinho.
- É mesmo, Cacá?
- Sim, agora ele procura a mamãe dele.
- Ah, que amoooor, um cachorrinho bem picuxuxinho. Ele procura a mamãe dele! (para a Cacá, todos os seres pequenos, ou como ela diz, picuxuxinhos, procuram as mamães deles).
- Onde tá o papai?
- Ele foi trabalhar.
- Eu não quero trabalhar.
Papai e mamãe conversam entre si, falando que a Cacá parece estar febril. Ela:
- Mamãããe, eu tô com feeeeebre!!!!
- Mamãe, o que tá dando (na tevê)?
- Não sei, Cacá, vou ver.
- Obrigada
- Olha, Cacá, tá dando Peixonauta.
- Sim, agora bota mais alto.
- Como é que se diz, Cacá?
- Bo-ta mais al-to (separando bem as sílabas)
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